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sexta-feira, 2 de março de 2012

Resenha do livro - O noviço; O juiz de paz na roça; Quem casa quer casa



Acabei de ler agora essas três peças compiladas numa só edição pela editora Martim Claret em 2001. 

Um livro pequeno, com 100 páginas, somando-se as três obras. A crítica aos costumes da época são bastante evidentes, porém como se tratam de costumes humanos são facilmente contemporaneizados e é justamente essa verossimilhança que nos faz rir.



Na peça O noviço, 1853, Martins Pena retrata um sujeito ganancioso que, de olho nas posses de uma viúva, arma um plano, casa-se com ela e a convence de mandar seus filhos para o convento, já o tendo feito ao sobrinho dela que também era herdeiro de grande riqueza. A sátira se desenrola na descoberta pelo sobrinho, o noviço Carlos, das armações de Ambrósio.



Em O juiz de paz na roça, 1944, a peça retrata as situações peculiares de um juiz de paz atuando no meio rural. Os casos a resolver, as decisões e as formas de pagamento dão o toque cômico à história que se passa no período da guerra dos Farrapos, onde os cidadãos são alistados para lutar na guerra e os que não o querem são ordenados à força pelo juiz, que manda prender e levar José da   Fonseca. O casamento salva José da obrigação e tudo acaba numa festa na casa do próprio juiz.

O provérbio Quem casa quer casa é o título da terceira peça. Comédia escrita em 1945 apresenta os problemas vividos na casa de Fabiana e Nicolau, cujos filhos, Olaia e Sabino, casam-se e moram sob o mesmo teto. Já é de se esperar o desenrolar da trama, como diz o povo.
Gostei bastante das três peças. Muito bom pra quem gosta de literatura de língua portuguesa. Embora alguns leitores possam encontrar dificuldade em entender a linguagem da época, não é nada que não possa ser entendido.

Sobre o autor:
Luís Carlos Martins Pena (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1815 — Lisboa, 7 de dezembro de 1848). Foi dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil, tendo sido considerado o Molière brasileiro. Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.

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